Olá meus leitores queridinhos da vida (risos), mais um dia e
mais um livro lido e sabe o que isso significa? Mais uma resenha, mas antes de
começarmos, gostaria de perguntar a vocês: Quem
é você, Alasca? Não, eu não estou falando do estado americano Alasca, estou
falando de Alasca Young.
O livro de John Green lançado em 2010 é Primeiro lugar na
lista dos mais vendidos do New York Times! E a história é simplesmente
fascinante.
Autor: John Green
Editora: wmf martinsfontes
Categoria: Romance / Literatura Estrangeira
Páginas: 229
Assim que comecei a leitura, cheguei a pensar que o livro
seria o mais fraquinho do John (talvez por ter sido o primeiro) eu já tenho um
vasto conhecimento das obras do Green, já li e resenhei A Culpa é das Estrelas,
O Teorema Katherine & Cidades de Papel. Entretanto, algo ia chamando e
prendendo a minha atenção a cada página:
A ausência de capítulos.
Poxa, então como a história é dividida? Isso que é o mais
fascinante. A trama é toda separada com contagem de dias, regressivo na
primeira parte, exemplo, logo na primeira página nós podemos observar: cento e trinta e seis dias antes, depois,
cento e vinte e oito dias antes e
assim sucessivamente, até chegarmos ao grande dia que eu não vou contar, pois
esse seria o spoiler do spoiler, e faria com que o livro perdesse totalmente a
graça, mas vamos lá... Logo após esse tal grande dia, a história recomeça
novamente com uma nova contagem de dias, só que dessa vez um após o outro,
exemplo: o dia seguinte, dois dias depois e assim vai até o cento e trinta e seis dias depois...
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Créditos: leblogdetalita |
A história: Miles Halter apelidado posteriormente
como Gordo é um adolescente fissurado por célebres últimas palavras, peraí, últimas palavras do que? Então,
ele lê muitas biografias e sempre grava as últimas palavras dos biografados,
por exemplo: as últimas palavras de Thomas Edison foram: “O outro lado é muito
bom”. Miles está cansado de sua vidinha segura e sem graça em casa, ele não tem
amigos e sua companhia é somente os livros de biografias, mas ele está
determinado a mudar.
Após ler as últimas palavras do poeta François Rabelais, ele
vai para uma nova escola, em uma nova cidade, isso a procura do que o poeta
chamou no leito de morte de o “Grande Talvez” essa é a mesma escola que seu pai
estudou e ele meio que fica orgulhoso do filho estar seguindo seus passos. Muita
coisa aguarda Miles em Culver Creek, a tal escola interna que ele vai, inclusive
Alasca Young, inteligente, espirituosa, problemática, sensual e um tanto
bipolar (isso não fica implícito na leitura do livro com todas as letras, mas
para bom entendedor meia palavra basta, assim pelas atitudes dela, fica bem fácil
decifrar que ela tem um grande problema com a bipolaridade).
Alasca vai levar Miles, agora já apelidado como Gordo pelo
seu companheiro de quarto Chip (apelido: Coronel) para o seu labirinto e o
catapultará em direção ao “Grande talvez”.
O livro é sem dúvida nenhuma, ótimo, ele mostra como uma
pessoa pode transformar a vida de outra tanto positivamente como negativamente.
Miles lembra muito, os personagens Colin de O Teorema Katherine
e Q de Cidades de Papel, mas não é de se causar estranheza, pois, os
livros de John sempre tem uma pegada nerd mais forte, e Miles é assim,
inteligente gosta de ler e não se contenta com notas baixas, isso até a chegada
do grande dia, depois disso ele meio que dá uma relaxada, mas não chega a ser
relapso.
Miles tem uma paixão por Alasca, paixão platônica, mas ela
não dar bola para ele simplesmente porque ama o namorado, mas a amizade e a
cumplicidade dos dois dispensam amor ou romance, assim, pelo que pude perceber
John não queria aprofundar no tema amor quando escreveu o livro, por isso
outros assuntos mais complexos e filosóficos são tratados com mais peso que
essa lenga, lenga de amor, eu gostei muito da Alasca ela é com certeza uma das
personagens mais bem construídas dos últimos tempos ao lado do Miles.
Como em seus outros livros, os personagens secundários não
podem ser chamados de acessórios, tamanha é a importância que Green dar a eles.
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Créditos: Carol Barboza |
No livro Quem é você,
Alasca? eu destaco Chip como conhecido pelo seu apelido Coronel, baixinho,
forte e com ódio dos Guerreiros de dia da semana ou se você não tem ideia do
que seja isso eu vou simplificar, os riquinhos (risos). Lara, a namorada/amiga,
amiga/namorada de Miles é outra personagem que ganhou meu carinho, pois assim
como Coronel ela tem atitudes pessoais e se firma na trama e é fofa com seu
sotaque e suas vogais puxadas, tem também o Takumi que não é assim tão bom como
Coronel e Lara, mas tem sua importância para a história.
Juntos, eles aprontam muito no Campus da Escola, sempre
passando para trás o Águia (diretor da instituição, ele é chamado tanto de
Águia que não me recordo o nome verdadeiro dele e estou com preguiça de ir
atrás do livro). Trotes são feitos a todo o momento entre os Guerreiros de dia
da semana e os demais alunos bolsistas. O livro tem muitas passagens deliciosas
e divertidas, que ao final faz com que fiquemos com gostinho de quero mais e
aquela terrível já conhecida ressaca literária, uma passagem do livro que rio
muito é com a MESA DE CENTRO do Miles e do Coronel que na verdade é um baú trazido
de casa pelo Miles, nele está escrito com fita: MESA DE CENTRO e John sempre a
narra no desenrolar do livro como MESA DE CENTRO em letras maiúsculas, além de
outras coisas.
Não dar para contar mais do desenrolar da história,
simplesmente porque como já dito no meio do livro há uma reviravolta e depois
disso, tudo muda e nada é mais como era no começo e só lendo para você ter
ideia, assim como em A Culpa é das Estrelas, John consegue arrancar lágrimas
dos seus leitores (pelo menos no leitor “eu”).
A narração do livro é leve, consegui ler as 229 páginas em 2
dias.
A capa do livro é linda, chama com certeza a atenção dos
leitores, Alasca e seus olhos verdes ali em um fundo cinza, embora eu não tenha
gostado da diagramação da wmf martinsfontes a editora que publicou o livro no
Brasil, achei a letra pequena e faltou um algo a mais no livro que pudesse de
alguma forma torná-lo mais atraente internamente, faltou à foto do Green, a
orelha detrás vem trazendo outros títulos do catalogo da editora, o que achei
um verdadeiro desperdício.
A tradução do RODRIGO NEVES impecável, não observei nenhum
erro gramatical, embora tenha lido rapidamente em dois dias, tempo não
suficiente para ficar preocupando-se com erros.
Então é isso pessoal o livro leva 5 estrelinhas!
[A partir de hoje as notas dos livros serão de 1 a 5, sendo 1
para muito ruim e 5 para excelente, as estrelinhas não ficaram lá essas coisas,
mas dar para enfeitar o post].
Beliscões carinhosos a todo mundo e até breve!
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