Pages - Menu

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

INTOLERÂNCIA


Foi durante uma entrevista que concedeu ao jornalista Julio Lerner em 1977, na TV CULTURA que Clarice Lispector brilhantemente respondeu a seguinte pergunta:

Em que medida o trabalho de Clarice Lispector no caso específico de Mineirinho (conto) pode alterar a ordem das coisas?
Clarice: Não altera em nada. Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa.
                “Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada”. É exatamente esse pensamento que me permeia nesse momento, os meus textos, minhas resenhas, minhas opiniões, críticas, expressas por meio do Charles Letrando, são somente minhas e eu não espero que elas alterem a ordem das coisas ou que altere o seu pensamento, o modo como você enxerga as coisas.

Mas, eu tenho dentro de mim a necessidade de expressão, de colocar para fora coisas que estão presas em minha garganta e talvez por isso o blog seja essa minha válvula de escape.

Você não precisa concordar com o que vou dizer (escrever) aqui, sou uma pessoa que admira e gosta da diversidade, opiniões diferentes, pensamentos diferentes, seria marasmo demais vivermos numa sociedade imperfeita onde todos pensassem da mesma forma, sem livre arbítrio para nada, então aqui você continua sendo protagonista das suas idéias.

                Mas, vamos ao que interessa...

Intolerância, xingamentos, ofensas, pessoais ou não, são temas que estamos cada vez mais acostumados a ouvir (ler) em nossas redes sociais. Essas redes com dimensões gigantescas deram a grande massa o poder de serem vistas, coisas que até anos atrás era quase que impensável, se não fosse a TV e o rádio, ninguém seria conhecido, opiniões eram dadas por aqueles ‘responsáveis’ por elas, vulgos: jornalistas, alguns artistas influentes também eram donos de pensamentos e observâncias da vida e de uma sociedade... Tudo parecia caminhar no fluxo normal daquela vida, mas eis que surge o booom das redes sociais e aquela tia velha que já não se importava com nada, começou a se interessar novamente por assuntos polêmicos e porque não expressá-los para a meia dúzia de seguidores que ela possui?

A tia velha não foi à única, visto que o adolescente rebelde, procurando demonstrar toda sua revolta vai lá em seu perfil que conta com centenas de seguidores e expressa  suas opiniões contrárias a da pobre tia velha e começa o que já conhecemos tão bem:

Xingamentos
Ofensas
Indiretas
Diretas

Os comentários começam então a explodir e a cada nova notificação, uma pessoa está ali dizendo o que é certo e o que é errado, como se fosse à única dona da verdade...

 Expondo seu ponto de vista como se esse fosse único!


Sim, as redes sociais deram vozes, por assim dizer a quem antes permaneciam calados, mas o que poderia servir para discussões saudáveis, abordagens de temas educativos, ou somente para matar a saudade daquele seu amigo que você já não o vê há algum tempo se transformou em um ringue de UFC onde todos são defensores de seus pensamentos e estão dispostos a “desfazer amizade” com todos aqueles que são contrários a sua opinião...

                Se você não pertence à cesta A você é ‘burro’ e quer viver em uma ‘ditadura’.
                Se você não pertence à cesta B você é ‘coxinha’ e não quer ‘mudanças’

Esses são apenas alguns dos diversos exemplos que eu vi permeando as principais redes sociais esses últimos dias. Ninguém respeita a opinião alheia...

Pouco me importa, pensa, o certo é o que eu acredito e acabou!

                Algo realmente estranho!

E se não existem as redes sociais? Ou melhor, e se elas não dessem tanta visibilidade como dão agora, será que as pessoas seriam ainda tão criticas?

                Tão entendedoras de livros e filmes?
                Tão peritas em política?
                Tão inteligentes a ponto de ofender opiniões diferentes a suas?

Não sei. Infelizmente essas são perguntas difíceis para mim e creio que para você também, agora ser um pouquinho mais tolerante acho que é essencial!

                E o que acha de passar uma semana, uma semana apenas sem colocar aquela indireta a alguém? Acredite isso pode mudar sua vida ou pelo menos melhorar alguns quesitos.

                Faça postagens positivas, que possam passar uma mensagem de acreditação, uma mensagem positiva a alguém, não perca amizades, mesmo que virtuais por conta de opiniões contrárias a suas, um bom diálogo é sempre melhor que um monólogo!

                Após responder a pergunta do inicio do post, o jornalista Julio questionou a Clarice:

No seu entender, qual é o papel do escritor brasileiro hoje?
Clarice: De falar o menos possível
                Queria eu, ter a vocação de Clarice e falar o menos possível, queria eu que a grande maioria das pessoas tivessem esse pensamento e falassem o menos possível, as redes sociais seriam lugares melhores e não esse campo de sangue que se tornou!


                E encerrando esse desabafo eu termino com Clarice, mais uma vez respondendo a uma pergunta do grande Julio Lerner.

Será que as coisas simples hoje são recebidas de maneira complicada?
Clarice: Talvez, talvez… 
                Bjs a todos!

Até o próximo!

domingo, 26 de outubro de 2014

então eu li... WILL & WILL

Domingo, 26 de outubro de 2014!

Dia de eleições e dia de... Resenha é claro!


E depois do enorme sucesso aqui no blog com a resenha do livro GAROTO ENCONTRA GAROTO é hora de falarmos de outro livro do David Levithan que arrebatou seguidores aqui no Brasil, o livro tem como parceiro de David o autor Best Seller John Green (meu humilde escritor favorito #MeJulguem).

Então vamos lá!

Will e Will – um nome, um destino título original: Will Grayson, Will Grayson foi lançado no Brasil em 2010 pela editora Galera Record com suas 348 páginas, tamanho 14 x 21 cm, capa dourada e o título com nuances de verde, azul, laranja e rosa contando a história de dois rapazes de nome Will.
É só amor...


A editora Galera Record enviou a Marco Feliciano, um exemplar de “Will & Will: Um nome, um destino” que está sendo lançado no Brasil e foi o primeiro livro com temática homossexual figurar na lista de mais vendidos do New York Times. Na primeira página, a dedicatória: “Prezado deputado Marco Feliciano, É só amor. Talvez com este livro o senhor consiga entender”.
– texto extraído do instagram da editora Galera Record @galerarecord.


                O livro conta a história de dois garotos que compartilham (dividem) o mesmo nome, escrito da mesma forma WILL GRAYSON, mas aparentemente apenas isso os une (como diz a orelha do livro). Eles se conhecem em uma noite fria, em uma improvável esquina de Chicago (eu não vou contar o local exato do encontro, pois acho que você vai gostar da surpresa ao ler o livro, além de dar algumas boas gargalhadas).

                Enquanto John Green escreve sobre um Will, David Levithan tem a responsabilidade de contar a história do outro Will em capítulos alternados.

Capítulos ímpares: John Green
Capítulos pares: David Levithan

(no início parece meio confuso, mas é só inicio). A história é um tanto lenta, afinal são quase 400 páginas, mas a leitura fácil e gostosa passa tão rapidamente que você não fica tão ansioso quanto a grandes acontecimentos.

                O Will do John Green (vou falar assim, para você que ainda não leu o livro compreender melhor) é hétero, estuda e mora em Chicago. Seu melhor amigo se chama Tiny Cooper um gay enorme que encanta a todos, além da sua amiga Jane, os três estão juntos do começo ao fim do livro e é então que Will começa a sentir-se atraído pela sua amiga Jane.
(Isso não é spoiler)

Agora se Jane corresponderá à investida de Will, isso você terá que ler para descobrir.
Já o outro Will (defendido pela criativa mente de David Levithan) é um gay depressivo, que em certa noite fria elevai a Chicago para conhecer o cara que ele acredita ser o amor da sua vida, o Isaac, mas as coisas não dão certas e no final da noite ele está em um banco beijando nada mais nada menos que... (não, eu não vou contar).

O livro tem uma escrita super leve e contagiante, ambos os autores conseguem prender o leitor até o final. E o livro tem de tudo: romance, comédia, drama, ironia, o humor sarcástico de John Green está sempre presente e só quem já leu outros livros do autor poderá compreender.


Sobre a temática do livro, vou expressar aqui a minha opinião, se você não quer saber, adiante-se ao próximo parágrafo! Uma vez o grande Cazuza, cantor nacional disse a seguinte e brilhante frase: "PARA MIM NAO TEM MUSICA CERTA NEM MUSICA ERRADA, MUSICA TEM QUE SER BOA". O que ele quis dizer com essa expressão? Que ele não estava preocupado em ouvir somente certo tipo de música, jazz, MPB, Rock, ou seja, lá qual fosse o estilo, ele estava preocupado somente com uma coisa: se a música era boa, isso me mostra e deveria mostrar para a maioria que às vezes se prender a um único estilo literário, romance, drama, fantasia é uma enorme besteira, afinal livro tem que ser bom e pronto! Esse é o meu pensamento, e um dos critérios que eu uso na hora de escolher minha próxima leitura!

                Cada personagem do livro tem seu momento para brilhar e o final é lindamente surpreendente, não há cenas pesadas, afinal estamos falando de um YA (Young adults), mas as lições que o livro nos passa é sempre maduras! Vale a pena retirar um tempinho para ler!

Uma foto com os brilhantes AUTORES!         
     E vai uma dica!

Leia sem pressa, a primeira vez que eu o li (li naquele estilo frenético que a maioria dos blogueiros tem e acabei por me perder um pouco, afinal são duas histórias em um mesmo livro, portanto, hoje estou recomeçando a reler novamente).

                Obrigado por vim até aqui!

                Bjs doces a todos e até a próxima... Fui!

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

então eu li... PERDIDA

Um amor que ultrapassa as barreiras do tempo

– Você ficaria de queixo caído se visse as coisas que existem onde eu moro. – Se ele achava um simples par de tênis impressionante, o que não pensaria sobre a inovação das inovações chamada papel higiênico.


Ultimamente tenho tido a sorte grande em ler bons livros em sequência, um melhor que o outro, mal dar tempo eu curar uma DPL (depressão pós-livro) e já estou ali me apaixonando de novo por outro universo fantasioso e isso é muito gostoso, essa mudança de lugares, personagens e escrita diferenciada. Um dos últimos livros que eu li “Se eu ficar” me deixou meio apaixonado sem estar amando sabe? Livro maravilhoso, sem dúvida nenhuma, agora com Perdida o sentimento que me invade é de alegria, satisfação e prazer em saber que posso me deliciar com a sequência “Encontrada”, então vamos para o que interessa?

Livro: Perdida
Autor: Carina Rissi
Editora: Verus editora
Páginas: 363
Edição:

Sinopse: Sofia vive em uma metrópole e está acostumada com a modernidade e as facilidades que ela traz (ela não se imagina, por exemplo, vivendo longe do seu computador, cafeteira elétrica e um microondas, coisas que ela acha extremamente necessária para sua sobrevivência, nas primeiras páginas do livro Sofia precisa usar uma máquina de escrever, aquelas dos tempos remotos e é muito engraçado, justamente porque é algo ultrapassado demais para ela). Ela é independente e tem pavor à mera menção da palavra casamento. Os únicos romances em sua vida são aqueles que os livros proporcionam.

Após comprar um celular novo, algo misterioso acontece e Sofia descobre que está perdida no século dezenove, sem ter ideia de como voltar para casa – ou se isso sequer é possível. Enquanto tenta desesperadamente encontrar um meio de retornar ao tempo presente, ela é acolhida por Ian Clarke e sua família.

Crítica:

Perdida foi o primeiro livro que li da Carina Rissi, e em nenhum instante fiquei arrependido da minha escolha, ao contrário, um dos livros que mais marquei quot´s, tão amada foi à leitura! Tanto Sofia quanto Ian são personagens carismáticos e super me apaixonei pelo casal, eu super shippo SoIan, porque tantas diferenças neles acabam o aproximando e suas cenas vai nos deixando com aquele gostinho de quero mais...

A história é bem contada, não há barriga no livro o que faz com que cada página seja melhor que a última, a história não se perde no meio do caminho, os personagens sabem para onde estão indo e o final do livro é simplesmente surpreendente...

Poxa! Um livro sem defeitos, você deve está se perguntando.

Perdida é uma comédia romântica, se você gosta desse estilo, pode facilmente concordar que é um livro sem defeitos, a história é ultra engraçada, a Sofia é uma personagem tão carismática quanto sua criadora (que eu tive o enorme prazer de conhecê-la na Turnê de lançamento do livro Encontradaem Brasília), destrambelhada ela vai se metendo nas maiores confusões sem se dar conta de onde suas ações estão a levando.

Sofia usa All Star em pleno século XIX (como não amar?) hahaha

Em Perdida, até mesmo os personagens secundários tem uma importância primordial para a trama e em nenhum momento você os vê como secundários dado a importância deles para a trama, como Elisa (irmã de Ian) e Teodora (melhor amiga de Elisa, que tinha tudo para se tornar uma grande vilã, mas a autora sobre aproveitá-la da melhor forma possível).

E falando em vilão, esse é outro ponto que eu acho super válido em Perdida, diferente de filmes e novelas, os livros não necessariamente precisam da presença de um vilão para que a trama seja bem aceita, às vezes as circunstâncias são bem melhores aproveitadas.

O livro como um todo é excelente e está fazendo o maior sucesso no Skoob.

O livro publicado pela Verus Editora é o único nacional no Top 100, mais desejados e está entre os favoritos dos leitores!

E é recomendado pelo Charles Letrando.

Sobre a autora!
Carina Rissi é uma leitora voraz, sempre lê a última página de um livro antes de comprá-lo e têm um fascínio inexplicável pelo tema “amores impossíveis”. Vê nas obras de Jane Austen uma fonte de inspiração. (e ela transporta isso para o livro Perdida, onde Sofia é apaixonada pelas obras de Jane Austen)

Quando se desgruda dos livros – tanto dos que lê quanto dos que escreve –, Carina se diverte assistindo a comédias românticas ao lado da família e planejando viagens a lugares exóticos que não conhecerá tão cedo, devido ao seu pavor de avião.
Ela nasceu em Ariranha, interior de São Paulo, onde mora atualmente com o marido e a filha, após ter vivido uma curta temporada na capital paulista.

Seu primeiro livro, Perdida: um amor que ultrapassa as barreiras do tempo foi traduzido e publicado na Alemanha, onde entrou para as listas de mais vendidos.


Procura-se um marido é seu segundo livro.
Ela também é autora de: Encontrada, sequência de Perdida, O livro dos vilões que escreveu em parceria com outros autores.

Então é isso, espero que tenham gostado!
Bjs e até breve...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

A crise dos 21 anos

Atenção! O texto a seguir não é sobre literatura!
As informações contidas podem ser de extrema importância para você. #Leia.

Bom dia, terça-feira! :)

Esses dias assistindo um Vlog no Youtube sobre esse mesmo tema: “A Crise dos 21 anos” fiquei por algum tempo parado, pensando em como tudo aquilo que eu ia ouvindo fazia sentido... E então decidi expressar o meu ponto de vista sobre isso!

Dizem por ai que a cada sete anos passamos por uma crise.

pintura de Vincent Van Gogh
Ou seja, a nossa primeira crise se dá aos sete anos de idade, a segunda aos quatorze e eis que chegamos à crise dos 21, a terceira crise de nossa vida!

Sim, eu tenho 21 anos de idade... E sabe quando nada na sua vida parece fazer sentido?

Você é criança vira adolescente e pensa muito, bastante...
Sonha e acha que milagrosamente sua vida vai mudar assim que entrar na fase adulta com um simples estalar de dedos, (eu ficava pensando em quão bom seria, quando eu começasse a trabalhar, ter meu próprio dinheiro e fazer dele o que eu bem quisesse, mas não é assim que as coisas acontecem você tem compromissos, prioridades e você descobre que trabalhar não é tão maravilhoso assim) então você acaba por cair do cavalo...

Coisas que antes eram tão importantes, tão fundamentais em sua vida, são deixadas para lá com exímia facilidade, pessoas que pareciam tão essenciais em sua vida, não são mais tão essenciais assim, você acaba descobrindo que viver sem elas não é tão mal assim.

Entretanto, ao mesmo tempo em que isso acontece você vai percebendo a falta que algumas coisas vão fazendo... Você quer voltar a ser criança de novo, a sonhar com coisas simples e começa a desejar ver a vida com os mesmos olhos de quatorze anos atrás.

... E as ilusões estão todas perdidas
Os meus sonhos foram todos vendidos
Tão barato que eu nem acredito
Eu nem acredito...
 Cazuza

Muitas das vezes quando me olho no espelho, vejo um Charles totalmente diferente do que eu imaginei que me tornaria anos atrás, com sonhos diferentes, com gostos diferentes, querendo coisas que para muitos não são assim tão fundamentais, com medo de muitas coisas, com vontade de ir além, de querer segurar o mundo com as mãos, com vontade de ser JOVEM!

E eu não acho ruim a mudança, creio eu que ruim mesmo é estacionar em algo.

Você passa a querer ser outra pessoa, ou viver, em função de outra, indo mais além, você começa a viver fazendo coisas para agradar os outros... E acho que já estou passando dessa fase, minha vida é MINHA e é preciso ser muito corajoso para dar deslike na opinião alheia, e dizer: Eu tenho o direito de ser feliz, e aproveitar as coisas do meu modo, do meu ponto de vista!

Mas, é importante ser bem adulto quando tomamos essa decisão!

Crises às vezes vêm para o bem, e quem nunca passou por uma que atire a primeira pedra. Sou confuso por natureza, não sei o que eu quero, mesmo estando lá. Espero coisas que ainda não veio e podem não vir, não tenho medo do futuro, tenho medo do presente de não estar vivendo cada dia de forma especial.

Mas, o que é o seu especial?

Às vezes estar fora de casa, trabalhando em algo, dedicando-se a algo é estar vivendo o seu melhor, passar tempo lendo, escrevendo, ouvindo música, tocando algum instrumento, sei lá, a vida tem várias facetas e cada uma delas é mais interessante que a outra...

Você já observou o céu hoje?

Às vezes, caminho do trabalho, ida e volta eu me pego pensando em como está a minha vida e é nesses momentos que eu paro para pensar, que eu vejo como essa crise se intensifica dia após dia, por isso é importante, mais do que importante FAZER AQUILO QUE VOCÊ REALMENTE GOSTA.

APROVEITE CADA MOMENTO, RIA DE CADA DETALHE!

AHHHHHH, A VIDA É CURTA DEMAIS PARA TER AQUELA VELHA OPINIÃO FORMADA SOBRE TUDO.

E o que são as opiniões, senão um amontoado de julgamentos, idéias e imagens que alguém faz? Então antes de dar valor a qualquer opinião por ai, procure saber o que é realmente certo ou errado, procure conselhos de quem te acrescenta e não de quem vai te derrubar.

Não sou o dono da razão, você pode ter achado esse texto uma porcaria, mas pode ser que algo escrito aqui tenha o tocado de alguma forma.

Obrigado por vim até aqui.

Bjs com letras!

sábado, 18 de outubro de 2014

então eu li... GAROTO ENCONTRA GAROTO

Oi.
Como está o calor por ai? Hoje é sábado, 18 de outubro de 2014, véspera de horário de verão (Ai que ódio! Afs...) e cá estou eu de volta para mais uma resenha, como todas as vezes que apareço por aqui devo pedir desculpas pela ausência, assim que concluí a leitura de Dias Perfeitos do Raphael Montes, comecei a ler o livro que aqui estou para resenhar: Boy meets Boy, ou no bom e velho português nosso de cada dia: Garoto encontra Garoto do autor David Levithan e a leitura era tão gostosa, tão divertida que eu fui atrasando-a propositalmente para ficar mais tempo na companhia daqueles personagens criados por David em 2003.

foto: Charles Nascimento
                 Sim amigos leitores, era o ano de 2003, bem antes de David criar ao lado de John Green o livro: Will e Will – um nome, um destino (resenha em breve para vocês), Todo Dia e Invisível, ele tinha como objetivo brincar com clichês das já tão famosas comédias românticas que tem aquela receitinha básica: garoto encontra garota, se conhecem, se amam, ficam juntos, se separam para no final ficarem juntos novamente, só que em Boy meets Boy (eu vou ficar usando o nome do livro em inglês, porque eu acho melhor, beleza?) ele conduz esse clichê para algo até então nada clichê, lembre-se que estamos falando de 2003, 11 anos atrás.

                E a história é sobre Paul (Garoto) que encontra Noah (Garoto).

                Paul vive em uma cidade onde não há separação entre coisas gays e coisas hétero, é algo meio que utópico, uma cidade assim, onde não há preconceitos. Tudo acabou se misturando há um tempo, e sua escola assim como sua cidade acolheram todos os alunos igualmente, independentemente de sexo, cor, religião e afins, mas vamos falar de Paul, ele é adolescente, tem um grupo de amigos que é composto por: Joni uma menina hétero, Tony, um rapaz gay com pais ultraconservadores que não o aceitam completamente e Infinite Darlene, uma drag Queen ultra animada que é quaterback do time de futebol americano, além de rainha do baile, bem, seu nome de batismo é Daryl Heisenberg, mas poucos se lembram dele como Daryl.

                À medida que Paul e Noah se conhecem, David (o autor) vai fazendo várias comparações com a música estabelecendo assim relações entre uma coisa e outra.

                Gente! O livro é de uma narrativa maravilhosa e só quem já leu alguma coisa de Levithan consegue entender, a forma como ele constrói seus personagens e como ele os direciona ao longo do livro é realmente maravilhoso.

                Como eu já disse lá em cima, é difícil soltar o livro quando você o pega para ler, ao mesmo tempo em que você fica com dó de que ele acabe assim tão rapidamente.

Sobre a história:

Capa Original
             
   Paul encontrou o amor de sua vida (Noah). E depois estragou tudo de uma maneira digamos espetacular, deixando com que os problemas de seus amigos e de seu ex-namorado sufocassem sua relação. Agora ele precisa contar com a ajuda de Infinite Darlene e de Tony, seu melhor amigo gay enrustido e até de seu ex-namorado obsessivo Kyle para reconquistar Noah. Ele então se lança numa improvável missão de ter seu amado de uma vez por todas.

E mais...

Ano passado, o livro completou uma década desde o seu lançamento e para comemorar seu aniversário, David lançou duas coisas:

Capa no Brasil pela Galera Record.
1- O livro “Two Boys Kissing” (ainda sem título definido no Brasil, com previsão de lançamento para o começo de 2015 pela Galera Record), que conta a história de diversos gays no mundo atual sob a perspectiva de gays que faleceram por complicações relacionadas a AIDS.

2- A segunda coisa, você encontra logo no final do livro “Garoto encontra Garoto” um especial sobre Infinite Darlene, no exterior esse especial foi lançado somente na edição de dez anos do livro. É uma história curta sobre a querida Darlene, por mostrar um lado não explorado ao longo do livro.

Então é isso pessoal, achei o livro muito bom, por ser um tema ainda pouco explorado na literatura e por mostrar de forma tão natural esse mundo.

A linguagem do livro é fácil.
Diagramação impecável.
Capa linda e por todo esse conjunto o Charles Letrando recomenda para você!


Bjs com letras!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

então eu li... DIAS PERFEITOS


Oi pessoas, como estão vocês?

Gostaram do novo template do nosso blog? Pois é, mês passado completamos 365 dias no ar com um total de 3,500 visualizações e já estamos bem próximos de alcançar 4,000 visualizações, ou seja, muito orbrigado, de verdade!

Mas, vamos ao que interessa... DIAS PERFEITOS é do autor Raphael Montes, carioca, nasceu em 1990 no Rio de Janeiro. Ele é advogado e escritor, teve contos publicados em diversas antologias de mistérios, na Playboy e na prestigiada revista americana Elery Queen´s Mystery Magazine.

Suicidas (Saraiva/Benvirá, 2012) foi seu romance de estreia e finalista do prêmio Benvirá de Literatura (2010), do prêmio Machado de Assis (2012) e do prêmio São Paulo de Literatura (2013).
Em apenas 24 anos, Raphael já tem uma carreira sólida no ramo literário.

O autor Raphael Montes

E o que dizer de DIAS PERFEITOS?

O livro conta a história de Téo, estudante de medicina e filho de Patricia, uma cadeirante, ele é bem diferente das outras pessoas, isso porque ‘não tem sentimentos’, sim Téo afirma que nunca sentiu amor por ninguém, nem mesmo por sua mãe, quando chora é por conveniencia ou por ser imprescindível naquele momento. Seu único meio de afeto é, pasmem, Gertrudes, nada mais que um cadáver, do laboratório de sua faculdade.

Tenho minhas dúvidas se Téo não é um psicopata, aliás, ele é sim, um grau leve ou moderado, não chega a ser um serial killer, ou chega? É, estou meio confuso.

A história se dá assim: Sua mãe o intima para ele ir a um churrasco com ela, ele revida, prefere ficar em casa assistindo Tom e Jerry, mas como foi uma ‘intimação’ e não um pedido ele acaba indo, e lá que ele conhece Clarice.

E aqui vocês acabam descobrindo o porquê da compra desse livro. Para falar a verdade, a sinopse não foi o que me chamou a atenção, nem a capa e sim o nome da mocinha, todos sabem meu fascinio pela escritora Clarice Lispector e foi por meio da Clarice de Raphael que eu iniciei a leitura e achei o máximo quando num momento Téo dar de presente uma coletanea de contos de Lispector para Clarice (sem trocadilhos) hahaha.

Clarice chama a atenção do rapaz no mesmo instante em que começam a conversar, ela é liberal, vivaz, sem preconceitos, livre, leve e solta, bem diferente do rapaz introvertido que ele é.

Estudante de História da arte, ela sonha em ser escritora de cinema e já tem um roteiro iniciado “DIAS PERFEITOS”.

Clarice não é linda, é bonita, talvez, exótica, isso, ela tem uma beleza exótica.

Téo acaba “se apaixonando?” por ela, bem isso é bem dificil de dizer, olhando pelo lado real das coisas ele meio que tem uma obcessão por ela e logo no dia seguinte começa uma perseguição doentia para saber mais da vida dela.

Descobriu onde morava.
Sua amiga.
E descobriu que Clarice tinha um namorado.

Já apaixonado ele quer (de qualquer maneira) que o sentimento seja recíproco, mas Téo descobre em uma conversa que não há nenhuma possibilidade dos dois continuarem juntos e ele perde a cabeça (ou o resto da sanidade que ele tem) sequestra Clarice, esconde-a em uma mala, e a leva para o local onde ela iria para dar continuidade ao roteiro que ela estava escrevendo.

Nesse local acontecem coisas que até o Diabo duvida... Nesse momento do livro minhas dúvidas sobre se ele é ou não um psicopata se intensifica, não vou dar detalhes para não estragar as emoções (que embora poucas, há).

Critica:

Embora eu seja apaixonado pelo tema psicopatia, suspense, mistério, DIAS PERFEITOS não me chamou tanta atenção assim, a história caminhou bem até onde eu pude contar, mas avançando para o fim ela foi ficando cada vez mais repetitiva, há reviravoltas, às vezes bate uma emoção mais forte que outra, mas é isso, não foi um livro que me deixou saudades, nem os personagens foram marcantes.

Raphael tem um jeito inteligente de escrever, isso é claro, logo no primeiro capítulo. Coisas absurdas vai acontecendo no decorrer do livro e você acaba parando para pensar: esse escritor é meio maluco, sim, ele tem uma imaginação fértil que foi muito bem usada na história.

Por mais maluca que seja a ação de Téo, ele tem um meio racional para explicar e isso acaba nos atormentando um pouco, ou muito, e isso meio que vai dando uma aflição no leitor, Raphael sabe mexer com a emoção isso é claro e bem observado.

Eu recomendo o livro Dias Perfeitos, e se eu fosse dar uma nota de 1 a 10 para ele eu daria 6, não é ruim, embora não seja ótimo!

Já leu? Dê sua opinião...
Ainda não? Leia!

Raphael Montes é autor nacional e merece nossos créditos!

Abraços com letras e até a próxima pessoal...

Pages

Pesquise na Wikipedia

Resultados da pesquisa

Pages - Menu