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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

então eu li... DIAS PERFEITOS


Oi pessoas, como estão vocês?

Gostaram do novo template do nosso blog? Pois é, mês passado completamos 365 dias no ar com um total de 3,500 visualizações e já estamos bem próximos de alcançar 4,000 visualizações, ou seja, muito orbrigado, de verdade!

Mas, vamos ao que interessa... DIAS PERFEITOS é do autor Raphael Montes, carioca, nasceu em 1990 no Rio de Janeiro. Ele é advogado e escritor, teve contos publicados em diversas antologias de mistérios, na Playboy e na prestigiada revista americana Elery Queen´s Mystery Magazine.

Suicidas (Saraiva/Benvirá, 2012) foi seu romance de estreia e finalista do prêmio Benvirá de Literatura (2010), do prêmio Machado de Assis (2012) e do prêmio São Paulo de Literatura (2013).
Em apenas 24 anos, Raphael já tem uma carreira sólida no ramo literário.

O autor Raphael Montes

E o que dizer de DIAS PERFEITOS?

O livro conta a história de Téo, estudante de medicina e filho de Patricia, uma cadeirante, ele é bem diferente das outras pessoas, isso porque ‘não tem sentimentos’, sim Téo afirma que nunca sentiu amor por ninguém, nem mesmo por sua mãe, quando chora é por conveniencia ou por ser imprescindível naquele momento. Seu único meio de afeto é, pasmem, Gertrudes, nada mais que um cadáver, do laboratório de sua faculdade.

Tenho minhas dúvidas se Téo não é um psicopata, aliás, ele é sim, um grau leve ou moderado, não chega a ser um serial killer, ou chega? É, estou meio confuso.

A história se dá assim: Sua mãe o intima para ele ir a um churrasco com ela, ele revida, prefere ficar em casa assistindo Tom e Jerry, mas como foi uma ‘intimação’ e não um pedido ele acaba indo, e lá que ele conhece Clarice.

E aqui vocês acabam descobrindo o porquê da compra desse livro. Para falar a verdade, a sinopse não foi o que me chamou a atenção, nem a capa e sim o nome da mocinha, todos sabem meu fascinio pela escritora Clarice Lispector e foi por meio da Clarice de Raphael que eu iniciei a leitura e achei o máximo quando num momento Téo dar de presente uma coletanea de contos de Lispector para Clarice (sem trocadilhos) hahaha.

Clarice chama a atenção do rapaz no mesmo instante em que começam a conversar, ela é liberal, vivaz, sem preconceitos, livre, leve e solta, bem diferente do rapaz introvertido que ele é.

Estudante de História da arte, ela sonha em ser escritora de cinema e já tem um roteiro iniciado “DIAS PERFEITOS”.

Clarice não é linda, é bonita, talvez, exótica, isso, ela tem uma beleza exótica.

Téo acaba “se apaixonando?” por ela, bem isso é bem dificil de dizer, olhando pelo lado real das coisas ele meio que tem uma obcessão por ela e logo no dia seguinte começa uma perseguição doentia para saber mais da vida dela.

Descobriu onde morava.
Sua amiga.
E descobriu que Clarice tinha um namorado.

Já apaixonado ele quer (de qualquer maneira) que o sentimento seja recíproco, mas Téo descobre em uma conversa que não há nenhuma possibilidade dos dois continuarem juntos e ele perde a cabeça (ou o resto da sanidade que ele tem) sequestra Clarice, esconde-a em uma mala, e a leva para o local onde ela iria para dar continuidade ao roteiro que ela estava escrevendo.

Nesse local acontecem coisas que até o Diabo duvida... Nesse momento do livro minhas dúvidas sobre se ele é ou não um psicopata se intensifica, não vou dar detalhes para não estragar as emoções (que embora poucas, há).

Critica:

Embora eu seja apaixonado pelo tema psicopatia, suspense, mistério, DIAS PERFEITOS não me chamou tanta atenção assim, a história caminhou bem até onde eu pude contar, mas avançando para o fim ela foi ficando cada vez mais repetitiva, há reviravoltas, às vezes bate uma emoção mais forte que outra, mas é isso, não foi um livro que me deixou saudades, nem os personagens foram marcantes.

Raphael tem um jeito inteligente de escrever, isso é claro, logo no primeiro capítulo. Coisas absurdas vai acontecendo no decorrer do livro e você acaba parando para pensar: esse escritor é meio maluco, sim, ele tem uma imaginação fértil que foi muito bem usada na história.

Por mais maluca que seja a ação de Téo, ele tem um meio racional para explicar e isso acaba nos atormentando um pouco, ou muito, e isso meio que vai dando uma aflição no leitor, Raphael sabe mexer com a emoção isso é claro e bem observado.

Eu recomendo o livro Dias Perfeitos, e se eu fosse dar uma nota de 1 a 10 para ele eu daria 6, não é ruim, embora não seja ótimo!

Já leu? Dê sua opinião...
Ainda não? Leia!

Raphael Montes é autor nacional e merece nossos créditos!

Abraços com letras e até a próxima pessoal...

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