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sexta-feira, 18 de julho de 2014

Somos todos psicopatas, um pouco aqui quiçá acolá.


texto: Charles Nascimento


E era tão bondoso, que de mal não lhe possuía nada.
E o que era ‘nada’ perto da amabilidade daquele homem?
Era triste, cavo e solitário, despovoado de alegrias humanas.
Não mentia, não sorria, não brincava...
Nem mesmo música aquele infeliz escutava.
Pergunto-me então, que raios de bondade ele carregava?
Um dia sem mais nem menos, resolveu por si só, não ajudar uma senhorinha a rua atravessar.
E por mais difícil que tenha sido para ele explicar, lhe sorriu.
Sorriu-lhe a maldade.
Ele então, berrou, gritou...
“Deve ser só um pouquinho psicopata”.
A boa notícia é que ele oscilou.
Brandiu, vibrou, balançou e seu radar moral
De repente se fragmentou.
E de uma hora para a outra, o homem que outrora bondoso, resolveu mentir e com isso uma pequena vantagem ganhou para si.
“A descoberta é intensa, interessante: Será que no fundo não estamos apenas querendo nos sentir melhor?”
Somos todos psicopatas, ou melhor, diga-me se és tu que fazes parte dos pouquíssimos cinco por cento da população em geral que são exemplos morais.
Ele oscila no meio termo, bem como tu oscilas.

Ele era feliz, mentia, sorria, brincava no limite da linha psicótica.



O BLOGUEIRO: Charles Nascimento - escritor caótico autor do livro ETERNO, sem qualquer compromisso com datas, odeia relógio e horários marcados aspirante a jornalista ou quem sabe enfermeiro, dividido por natureza, técnico em enfermagem nas horas vagas, odeia pessoas cem por cento decididas, afinal a dúvida faz parte da natureza humana. Amante de tudo que lhe faz culto, leitor voraz (claro) e apreciador (admirador) de tudo que Clarice Lispector escreveu, em tempos vagos prefere o silêncio do quarto e o som de curtas-metragens, ama um documentário e dorme enquanto assiste entrevistas de grandes pensadores, ouvir pessoas inteligentes a falar é sua principal motivação para continuar, amigos pra mim tem que ser mente aberta, odeia qualquer forma de preconceito ou discriminação, ditadura? Só em livros de história... Prazer, eu!

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