Em 16 de
setembro de 2013 eu encerrei uma das melhores leituras do gênero YA que eu sequer
poderia imaginar existir, até ai nada demais, afinal, todos os leitores têm o
seu livro favorito e o acha “o melhor”, mas após fazer algumas pesquisas, ler
mais sobre o autor e começar a desvendar os bastidores por assim dizer por trás
daquela história, encontrei um nome que me levou a uma garota sensacional,
Esther Earl.
Autora: Esther Earl Grace com Lori e Wayne Earl (os pais de
Esther)
Editora: intrínseca
Ano: 2014
Gênero: Literatura Infantojuvenil
Temas: Câncer, Pacientes, família.
“Gosto de muitas
coisas. Gosto de livros, livros com mensagens, mas com humor, ou histórias em
quadrinhos. Gosto de filmes, principalmente romances clássicos e comédias, mas
gosto dos artísticos e estranhos também. Gosto de músicas [...] mas não gosto de
gostar de músicas das quais outras pessoas gostam”.
Esther Earl Grace –
Página 154
Esse não é um livro de romance, não, ele não foi escrito por
um autor de sucesso, embora ‘sucesso’ seja relativo. A ESTRELA QUE NUNCA VAI SE APAGAR conta à história de Esther, a
menina a qual foi dedicado o livro A CULPA É DAS ESTRELAS.
Esther era uma garota normal que fazia coisas de uma garota
normal, até ai tudo bem, o que há demais em levar uma vida normal? Bem, nada,
mas tudo mudou quando ela descobriu que estava com CÂNCER, sim um maldito tumor
cancerígeno tomou conta da sua tireoide e mais tarde se instalou em seus
gânglios linfáticos do pescoço e nos pulmões, detalhe: ela só tinha 12 anos.
Com essa ‘pouca’ idade Esther foi submetida a iodo
radioativo, começou a frequentar o hospital com a mesma frequência que crianças
de sua idade frequentam a escola, sua vida começou a mudar e por conta disso a
vida das pessoas que estavam ao seu redor [família e amigos].
Mas, não pense que a história de Esther é só mais uma
história sobre uma garota que passou por uma experiência transformadora chamada
câncer... Não, sua história de vida vai muito mais além que isso, Esther foi
uma garota genial que em momento algum deixou de lutar ou fazer as coisas que
ela gostava de fazer [dentro da sua capacidade] ela não virou nenhuma ‘santa’
pelo contrário, ela tinha defeitos como todo o mundo tem e mais do que isso,
ela também fazia coisas certas e erradas.
Esther era humana e isso o câncer não conseguiu lhe tirar.
Mas, além disso, ela era uma menina brilhante [e você leitor
perceberá isso rapidamente quando começar a ler trechos dos seus diários,
Esther estava a frente de seu tempo e escrevia coisas profundas com apenas 12
anos de idade, não, era não era nenhuma filósofa nem suas palavras são dignas
de repetições, Esther escrevia sobre a vida e a morte com uma franqueza genuína
que muitas crianças de sua idade não tem sequer concepção de seus amplos significados],
Esther sabia que ia morrer.
Obviamente sou uma
pessoa um tanto... “única”. O que quero dizer é que não gosto de estar com
pessoas que não sejam da minha família, e mesmo assim só gosto de visitas
curtas. Não é que eu não GOSTE de pessoas, nem que eu não AME minha família, só
me irrito com elas.
Esther Earl Grace –
Página 190
Esther era dotada de vários dons especiais e tinha o sonho de
se tornar escritora quando adulta, seu sonho se tornou, de fato, realidade,
embora ela não tenha tido o prazer de presenciar. Muitas pessoas se achegaram
até ela através da internet e algumas só vieram descobrir que ela tinha câncer
tempo depois, isso porque ela não fazia do tema: CÂNCER a parte central de sua
vida, como observamos em filmes e livros que retratam o tema [com ressalvas
para A CULPA É DAS ESTRELAS que mostra de maneira óbvia que uma pessoa com
câncer, não é somente uma pessoa com câncer, claro, enfim acho que vocês me
entenderam :p ]
Ela era fã de Regina Spektor J ((PS: eu amo a voz dela))
Ela amava os livros J
Ela era irônica, sarcástica J e inteligente.
“Quando, por fim, nos reunimos em Boston, não demorou muito
para percebermos que o que realmente fizemos [jogar videogame, brincar] não era
nem de perto tão importante quanto o simples fato de que estávamos fazendo
aquilo juntos. Passamos horas abraçados, devorando doces e rindo de bobagens. A
maior parte do tempo nos abraçamos. E quando penso sobre a viagem, essas são as
memórias que surgem primeiro. Afinal, este foi o objetivo da viagem: passar
tempo com pessoas amadas e encontrar pequenas formas de mostrar que você as
ama.”
- Lindsay Ballantyne (amiga de
Esther)
Esther aproveitou cada dia da sua vida, chorou, sorriu,
brincou, zangou-se, brigou, enfim ela foi “humana” no melhor sentido da
palavra, fez amigos, muitos pela internet e DEIXOU CLARO para todos que amigos
virtuais podem sim ser BONS AMIGOS.
Ela conheceu o John Green, eles saíram para tomar sorvete,
eles riram e chorou juntos, ela mostrou para ele que uma vida não precisa ser
longa para ser bem vivida.
Esther o inspirou a escrever o livro A CULPA É DAS ESTRELAS.
Esther agradeceu a seus médicos e enfermeiros e deixou claro
que odiava ser puncionada mais de uma vez.
Ah, ela também odiava seu tubo de alimentação e sua sonda
para eliminar diurese.
Ela agradecia pelo seu cilindro de oxigênio.
Essa foi Esther Earl Grace.
E querem saber o que eu achei desse livro? Caramba, não tenho
sequer palavras para demonstrar ou para escrever... Acho que ela mesma disse
tudo por meio dos seus desenhos, dos seus textos escritos em diários... Enfim o
livro leva 5 justas estrelinhas.
E é o livro do ANO 2014 até o momento!
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J
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